Painel – Março/2020

Esse material faz parte das Recentes Aquisições e se encontram no acervo para consulta ou empréstimo, conforme o regulamento da Biblioteca da FOB-USP.
Autor Waisberg, Cesar Becalel
Orientador Bonjardim, Leonardo Rigoldi
Título Avaliação psicossocial e psicofísica de sujeitos com dor muscular mastigatória
Área Estomatologia e Biologia Oral
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
 Resumo Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar alterações sensoriais mecânicas em tecido cutâneo sobre a musculatura mastigatória e cervical, assim como o nível de incapacidade cervical e de catastrofização dos indivíduos com DTM crônica de origem muscular e controles assintomáticos. Material e Métodos: Neste estudo transversal, 34 indivíduos do sexo feminino (Grupo DTM, n = 19; Grupo Controle, n = 15) foram examinados em sessão única por um examinador treinado e calibrado. Para o diagnóstico de DTM foi utilizado os critérios de diagnóstico do Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD, sigla em inglês). Os participantes também responderam aos questionários Neck Disability Index (NDI, sigla em inglês) e Escala de Catastrofização da dor (PCS, sigla em inglês) para avaliar o índice de incapacidade cervical e o nível de catastrofização relacionada à dor, respectivamente. Por fim, a avaliação somatossensorial mecânica cutânea foi realizada por meio dos testes de detecção mecânica (MDT, sigla em inglês) e limiar de dor mecânica (MPT, sigla em inglês) na porção superior do músculo trapézio e no corpo do músculo masseter. A análise dos resultados utilizou ANOVA com fator intrasujeito (sítio 2 níveis) e fator intersujeito grupo (2 níveis) para cada teste sensorial. Teste T para amostras independentes foi usado para avaliar diferenças de idade, NDI e PCS entre os grupos. Por fim, a correlação de Pearson verificou a relação entre os valores de MPT entre os sítios musculares. Um nível de significância de 5% foi adotado. Na análise somatossensorial, para o MDT, o efeito principal foi a maior sensibilidade tátil no músculo masseter em relação ao trapézio (F=28,5 e p<0,001), sem diferença entre os grupos. Os sujeitos do grupo DTM mostraram-se com maior sensibilidade dolorosa mecânica (MPT) em relação ao grupo controle (F=5,41 e p=0,026), sem diferença entre os sítios musculares. Uma correlação positiva foi encontrada entre os valores de MPT dos músculos trapézio e masseter tanto dentro do grupo com DTM (p< 0,011) quanto daquelas assintomáticas (p< 0,001). Os valores do NDI (p< 0,001) e o PCS (p=0,023) mostraram-se estatisticamente superiores nas pacientes com DTM. Conclui-se que as mulheres com DTM dolorosa associada à dor cervical apresentaram maior sensibilidade dolorosa cutânea em músculos trapézio e masseter e também maior grau de incapacidade cervical e de pensamentos catastróficos relacionados à dor.
 
Autor Nascimento, Juliana de Almeida
Orientador Bastos, Jose Roberto de Magalhaes
Título A aplicação de diploma legal mais protetivo aos usuários do serviço público de saúde como meio de assegurar a consecução de direitos e garantias constitucionais
Área Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
 Resumo Com a promulgação da atual Constituição Federal (1988), importantes direitos e garantias fundamentais passaram a ser assegurados e promovidos pelo Estado com o múnus de assistir e preservar aos cidadãos uma existência digna e isonômica. Desta forma, os direitos sociais ganharam significativa relevância por estarem intimamente ligados aos ideais de igualdade e ao mínimo existencial de que um indivíduo precisa. O protagonismo do direito a saúde, enquanto direito fundamental social, desenha um novo cenário para saúde pública, já que promove a ampliação das responsabilidades e da abrangência dos serviços assegurados pelo Estado, doravante em caráter universal e independente de contribuição. As novas previsões constitucionais permitem à prestação do serviço via atendimento público de saúde (SUS), prestado pelos entes estatais direta ou indiretamente, e o atendimento em caráter suplementar pela iniciativa privada (SSAM). Contudo, cada sistema (SUS e SSAM) por motivos políticos, econômicos, sociais, jurídicos, entre outros, apresenta peculiaridades e diferenças que muitas vezes resultam na contemplação de privilégios, apenas, para parcela da população, normalmente, a assistida pela prestação do serviço de saúde via iniciativa privada (SSAM). Em análise a esta configuração, dentre as inúmeras diferenças que gravitam entre os sistemas de saúde a que mais se apresenta como paradoxal, sob o prisma do direito, é a permissão da aplicação de lei mais protetiva, o CDC, apenas, aos usuários assistidos pela iniciativa privada. Referido desprestigio, direcionado aos usuários do sistema público, além de gerar grave afronta ao princípio da isonomia, limita a consecução de direitos garantidos na CF e suprimi instrumento jurídico que auxiliariam esses vulneráveis a vindicar eventuais danos e prejuízos que viessem a sofrer como usuários do serviço público de saúde. Objetivo: o presente trabalho tem como objetivo geral verificar a legislação aplicada aos usuários do serviço público de saúde, tendo em vista atender a defesa e proteção destes, enquanto vulneráveis e hipossuficientes. Fomentar discussão e críticas sobre a atual interpretação do ordenamento jurídico, que tem possibilitado a aplicação de norma mais protetiva, apenas, aos usuários do sistema de saúde prestado pela iniciativa privada. Como objetivo específico apresentar argumentos lastreados na lei, doutrina e jurisprudência que justifiquem a aplicação do CDC como diploma protetivo aos usuários do serviço público de saúde, nos mesmos moldes aplicados aos usuários do sistema privado, permitindo, assim, o uso de maiores salvaguardas legais aqueles usuários, bem como garantindo a consecução de direitos e garantias previstos no texto constitucional. Método: Foi realizado um levantamento de obras relacionadas direta e indiretamente ao tema, os meios aplicados incluíram a revista da literatura, com um estudo exploratório e descritivo, desenvolvida a partir de pesquisas em material existente na literatura nacional que abordassem o direito a saúde, a estrutura e organização dos serviços de saúde no Brasil, normatização aplicada, serviços públicos, bem como da aplicação do CDC como diploma protetivo aos usuários dos serviços de saúde de ambos os sistemas. A fundamentação teórica se deu sobre a constituição federal, código de defesa do consumidor, legislações esparsas, doutrina e jurisprudência pertinente à seara do direito constitucional, administrativo e civil, com fomento da legislação brasileira. Foram utilizadas as bases de dados Pubmed, Scielo, LILACS, Dedalus, Google Acadêmico, Google e Tribunais de Justiça, com a combinação das palavras chaves abaixo descritas. Conclusões: Considera se ao final que existe ausência de legislação protetiva eficaz para a defesa dos usuários do serviço público de saúde. Mediante esta lacuna, a aplicação do CDC demonstrar ser a medida mais viável para que seja assegurada a consecução de direitos e garantias previstos na CF, ao destinatário final do serviço público de saúde.
 
Autor Manzano, Brena Rodrigues
Orientador Rubira, Cassia Maria Fischer
Título Avaliação da condição de saúde bucal e o impacto na qualidade de vida de indivíduos com artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico
Área Estomatologia e Biologia Oral
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
 Resumo O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto da saúde bucal e as alterações bucais na qualidade de vida de indivíduos com Artrite Reumatoide e Lúpus Eritematoso Sistêmico. Material e método: Foi realizado um estudo caso-controle em 32 indivíduos com Artrite Reumatoide (AR), 28 com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e 29 indivíduos saudáveis do grupo controle (GC). Foi avaliado o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OHIP-14) (QV bucal), impacto da saúde geral na qualidade de vida (SF-36) (QV geral) e inventário de xerostomia. O exame físico incluiu avaliação odontológica de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), periograma, índice placa (IP), índice de gengival (IG), avaliação do edentulismo, sialometria em repouso (SR) e mecanicamente estimulada (SME). Os dados foram analizados através dos testes t de Student, Qui-quadrado, Kruskall-Wallis, Freidman e Correlação de Pearson e Spermam. Resultados: O grupo com AR apresentou maior CPOD (P=0,004) e IP (0,017). No grupo com LES os dados de SR (p=0,016), SME (0,004) foi mais baixa e a xerostomia foi mais grave comparado ao CG (p=0,002). A gravidade da xerostomia em AR e LES pioraram significativamente várias dimensões da QV bucal. A saburra lingual foi a manifestação mais prevalente e não houve associação com nenhum grupo, mas a Candidíase esteve associada ao grupo AR (p=0,003). No GC, o Ressecamento labial piorou significativamente, o desconforto psicológico, na incapacidade social, deficiência e QV bucal total. Os grupos AR e LES apresentaram pior QV geral comparado ao GC. Não houve diferença no impacto da saúde bucal na QV entre os grupos (p>0,05) mas, houve correlação significativa em várias dimensões da QV bucal na QV geral principalmente, na saúde mental da QV geral do grupo LES. Conclusão: Alterações clínicas e sintomas bucais são comumente encontradas em indivíduos com AR e LES, os quais geram impacto negativo na qualidade de vida relacionada a saúde geral.
 
Autor Castro, Luciana Tanaka de
Orientador Sant Ana, Adriana Campos Passanezi
Título Perfil cefalométrico de tecido mole de pacientes portadores de sorriso gengival associado e não associado a excesso vertical de maxila
Área Periodontia
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O sorriso gengival (SG) é definido pela exposição excessiva de gengiva (3 mm) no sorriso. Sua etiologia pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo hiperplasia gengival, erupção ativa ou passiva alterada (EPA/EAA), excesso vertical de maxila (EVM), comprimento curto ou hiperatividade do lábio superior. O tratamento está relacionado à etiologia e pode variar desde cirurgia ortognática até aumento de coroa clínico estético e aplicação de toxina botulínica. Apesar disso, não há na literatura um protocolo clínico bem definido para seu diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros clínicos e tomográficos associados à etiologia do sorriso gengival, visando o estabelecimento de protocolo diagnóstico do SG. Foram incluídos neste estudo 25 participantes com idade variável entre 18 e 42 anos (média de 28,77 ± 6,56), sendo 23 mulheres e 2 homens, saudáveis sistemicamente, com diagnóstico de SG. Todos os participantes responderam ao questionário de saúde e foram examinados periodontalmente quanto às medidas de profundidade de sondagem (P.S.), nível de inserção clínica (NIC), espessura gengival (EG), largura da faixa de gengiva ceratinizada (GC), índice de sangramento gengival (ISG) e índice de placa (IP). Foram obtidas fotografias extra- e intra-bucais para análise digital do sorriso e análise cefalométrica de tecidos moles. Foram obtidas tomografias computadorizadas da região anterior de maxila para avaliação da distância entre a margem gengival (MG) à junção cemento-esmalte (JCE), JCE à crista óssea alveolar (CA), espessura óssea a 1 (EO1), 3 (EO3) e 5 (EO5) mm, além da espessura gengival (EG_TCFC). Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a etiologia do SG: EPA/EAA (n= 12), EVM (n= 8) ou combinação (COMB; n= 5). A média de exposição gengival no sorriso foi de 4,2 ± 2,44mm. Dezessete (68%) participantes apresentaram >3mm de exposição gengival, sendo que em 22 casos (88%) houve exposição de faixa continua de gengiva. Pacientes com EVM associado ou não à EPA/EAA apresentaram maior comprimento do terço médio e inferior, do lábio superior em repouso (LSR) e no sorriso (LSS), espessura do vermelhão do lábio superior e altura da maxila anterior (Alt_Mx). A proporção largura-altura (Prop L:A) dos incisivos centrais foi significativamente maior nos grupos EPA/EAA e COMB. Não houve diferenças nos parâmetros clínicos periodontais, exceto para P.S., a qual foi maior em COMB do que em EPA/EAA. Embora sem diferenças significantes, o grupo EPA/EAA apresentou prevalência absoluta de biótipo gengival espesso. MG-JCE foi significativamente menor no grupo EVM do que nos grupos EPA/EAA e COMB, enquanto que o grupo EPA/EAA apresentou menor EO5 do que EVM. Esses achados sugerem que o diagnóstico clínico do SG pode ser determinado pelo comprimento do lábio superior em repouso e no sorriso, altura da maxila anterior, exposição gengival 4 mm, proporção largura-altura dos incisivos > 87%, e maior distância MG-JCE. Esses critérios são importantes para se estabelecer um protocolo clínico que oriente a determinação da causa e plano de tratamento do sorriso gengival pelo clínico.
 
Autor Gomes, Ellen Cristiane
Orientador Peres, Sílvia Helena de Carvalho Sales
Título Consumo de álcool no pré e pós-cirurgia bariátrica: estudo longitudinal retrospectivo
Área Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O objetivo do presente estudo foi analisar o consumo de álcool no pré e pós-cirurgia bariátrica e identificar fatores associados ao consumo. O presente estudo é longitudinal retrospectivo, envolvendo pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 40 kg/m e idade superior aos 20 anos, atendidos no Hospital Amaral Carvalho de Jahu (HAC). A amostra foi composta por 181 pacientes. As variáveis analisadas foram: peso, IMC, idade, tempo de cirurgia, consumo de bebida alcoólica e estresse percebido. Para identificação de desordens devido ao uso de álcool, foi aplicado o questionário AUDIT já validado em português e para analise do estresse foi aplicada a Escala de Estresse Percebido (PPS). Não houve correlação significativa entre o consumo de álcool pré-operatório X escolaridade, gênero e profissão. Já no pós-operatório, não houve correlação entre o consumo de álcool e as variáveis escolaridade, gênero e profissão. Foi encontrado aumento no consumo de álcool após a cirurgia bariátrica, correlação entre consumo de álcool e hipertensão arterial no pré e no pós-operatório, e com depressão no pós-operatório. Concluiu-se que cerca de um terço dos indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica (CB), que eram abstêmios no pré-operatório passaram a consumir bebida alcóolica e esta mudança esteve associada à depressão.
 
Autor Camin, Francielly da Silva
Orientador Magalhães, Ana Carolina
Título Influence of MMP inhibitors on bond strength of adhesive restorations: systematic review and meta-analysis
Área Dentística
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo Objectives: This systematic review aimed to evaluate the effect of metalloproteinase (MMPs) inhibitors on bond strength using initial (24 hours) and long-term (6, 12 months or longer) microtensile tests. Sources: A search was carried out in 7 databases and in the gray literature, limited to Portuguese, English and Spanish languages without publication year limit, following the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes (PRISMA) 2009. Study selection: Only in vitro studies assessing the use of MMP inhibitors in adhesive procedures were included. Meta-analyses were conducted with the extracted data and the studies were evaluated for the risk of bias. Data: Of 5,134 potentially eligible studies, 112 were selected for full-text reading, 48 were reviewed, and 43 were included in the meta-analysis. Two independent evaluators selected the studies and assessed the risk of bias. Estimates of the combined effect were reported as means and standard deviation between groups. The most commonly used MMP inhibitor was chlorhexidine (CHX). The initial values of bond strength were higher when CHX was used (p <0.05), but no difference was found in the other time-points between groups using inhibitors and control groups. Etch-andrinse adhesive systems presented better results with the use of CHX, which was not seen in self-etching systems. None of the included studies had low risk of bias, but the analysis including only studies of medium risk of bias showed similar results to the analysis with studies of high risk of bias. Conclusion: The use of 2% CHX affected positively the initial bond strength, but no inhibitor was effective in maintaining the bond strength after the aging process.
 
Autor Santin, Daniela Cristo
Orientador Mondelli, Rafael Francisco Lia
Título Influence of volume and thickness on shrinkage stress and depth of cure of conventional and bulk fill composites
Área Dentística
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo Objective: The present study investigated, in vitro, the influence of volume on shrinkage stress and the influence of thickness on the depth of cure by microhardness of convencional and bulk fill composite resins. Material and methods: Six commercial composite resins were selected: conventional (Filtek Z350 Z350; Vittra APS VAPS), high viscosity bulk fill (Filtek One Bulk Fill ONE; Opus Bulk Fill APS OBF) and low viscosity (Filtek Bulk Fill Flowable BFF; Opus Bulk Fill Flow APS OBFF). For the shrinkage stress analysis, specimens (n=5) were made varying the volume/C-factor (24 mm3/0.75 and 48 mm3/0.375). The contraction forces (N) generated from LED light-curing (30s; 1200mW/cm2) were recorded for 300s in an UTM and the shrinkage stress was calculated (MPa). For microhardness, using two molds with 4mm diameters, 2 and 4mm thicknesses (n=5), the specimens were made and light-cured for 30s. After 24h, Knoop microhardness measures (KHN) on the top and bottom surfaces were obtained and the ratio of bottom/top microhardness was calculated determining the depth of cure. After confirming normality (Shapiro-Wilk), all data were evaluated by two-way ANOVA, followed by Tukeys test (p<0.05). Results: The increase of composite resin volume resulted in higher shrinkage stress for the Z350, VAPS and ONE, regardless of the C-factor employed (p<0.05). The Z350, VAPS, BFF and OBF showed a decrease in microhardness (depth of cure) when the thickness was increased (p<0.05). Overall groups showed adequate polymerization (bottom/top microhardness >80%) at 2mm depth, except for the OBFF, while only the ONE presented adequate polymerization at 4mm depth. Conclusion: The volume and thickness of the increment influenced the stress and the depth of cure, respectively. The bulk fill ONE composite resin showed lower tension maintaining cure efficiency independent of volume compared to the other tested materials.
 
Autor Falzoni, Maiara Miyuki Matsui
Orientador Valarelli, Thais Marchini de Oliveira
Título Avaliação morfométrica 3D dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina operados por diferentes técnicas cirúrgicas
Área Odontopediatria
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O propósito deste trabalho foi comparar as alterações dimensionais dos arcos dentários em pacientes com fissura completa de lábio e palato unilateral antes e após a realização das cirurgias primárias por diferentes técnicas cirúrgicas. A amostra foi composta por 168 modelos dentários de crianças, divididos em 2 grupos de acordo como protocolo cirúrgico pelo qual foram operadas: Grupo 1 (G1) pacientes operados pela técnica de Millard para fechamento do lábio aos 3 meses e fechamento do palato total pela técnica de Von Langenback aos 12 meses; Grupo 2 (G2) – pacientes operados pela técnica de Millard para fechamento do lábio e fechamento do palato anterior pela técnica de Hans Pichler aos 3 meses, e fechamento do palato posterior pela técnica de Sommerlad aos 12 meses. Os arcos dentários foram avaliados antes das cirurgias primárias (T1), após a primeira fase das cirurgias primárias (T2) e 1 ano após a segunda fase das cirurgias primárias (T3). Os modelos dentários foram digitalizados e mensurados por meio de um software do sistema de estereofotogrametria. Analisou-se a distância intercanino (CC), intertuberosidade (TT), comprimento anterior do arco (I-CC), comprimento total do arco (I-TT), amplitude anterior da fissura (PP), amplitude posterior da fissura (UU), área do segmento palatino maior (ASmaior), área do segmento palatino menor (ASmenor), área da fissura (AF) e área total (AT) dos arcos dentários. Para análise da reprodutibilidade intraexaminador e interexaminador foi utilizado o Coeficiente de Correlação Interclasse (ICC). Para avaliação intragrupos foram aplicados ANOVA de medidas repetidas, seguida do Teste de Tukey e Teste t dependente. O Teste t independente foi utilizado para verificar diferenças entre grupos nas fases estudadas (p<0,05). Os resultados apresentados para o G1 em T1, T2 e T3 mostraram diferença estatisticamente significante nas medidas CC, I-CC, ITT, P-P, U-U, ASmaior, ASmenor, AF e AT. O G2 apresentou diferenças nas medidas CC, I-CC, TT, I-TT, U-U e AF entre T1, T2 e T3. No T1, a distância T-T mostrou diferença estatisticamente significante entre G1 e G2, sendo maior em G2. No T2, a distância I-CC foi menor estatisticamente no G1, e a ASmenor, AF e AT foram menores estatisticamente no G2. Em T3, a distância T-T mostrou diferença estatisticamente significante entre G1 e G2, sendo maior em G2. Em T2-T1, houve diferença estatisticamente significante entre G1 e G2 na ASmenor, sendo que o G1 apresentou área maior quando comparado com G2. Em T3-T2 e T3-T1, observou-se diferença estatisticamente significante na AT entre G1 e G2. De acordo com os resultados obtidos, a queiloplastia e palatoplastia total causam maior restrição do crescimento do que a queiloplastia e a palatoplastia em 2 etapas quando se avalia a área total dos arcos dentários. O protocolo para palatoplastia total afetou negativamente o crescimento e desenvolvimento da área total nos pacientes com fissura completa de lábio e palato unilateral.
 
Autor Segantin, Jéssica de Fátima
Orientador Júnior, Osny Ferreira
Título Relação da morfologia mandibular no irrompimento de terceiros molares: estudo com tomografias computadorizadas de feixe cônico
Área Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O não irrompimento dos terceiros molares ainda gera questionamentos a respeito dos fatores que o causam, tanto por parte dos pacientes como pelos pesquisadores que procuram explicações. Independente da causa do não irrompimento, as indicações para extração dos terceiros molares ainda permanecem inalteradas. Entre as possíveis causas encontradas na literatura incluem-se fatores genéticos, atividade da lâmina dentária e, principalmente, o crescimento e desenvolvimento das bases ósseas. Nos casos com crescimento insuficiente dos arcos pode ocorrer o apinhamento ou até faltar espaço para o irrompimento dos dentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação da morfologia mandibular com o irrompimento dos terceiros molares inferiores (3MI). Para isso, foram selecionadas 85 tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) do arquivo do Departamento de Cirurgia, Estomatologia, Patologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru obtidas em aparelho Accuitomo® Morita. Com o software Dolphin Imaging 11.9 foram feitas medidas lineares do comprimento da mandíbula com pontos cefalométricos Co-Gn e Go-Gn, dimensão do espaço retromolar (D2R) e largura mésio-distal das coroas dos 3MI, primeiros molares inferiores (1MI) e caninos inferiores (CI). Os resultados indicaram um comprimento médio da mandíbula de 116,446mm+6,415mm, espaço retromolar de 11,634mm+2,385mm e tamanho mésio-distal dos 3MI de 10,054mm+0,941mm. O índice de não irrompimento foi de 62,6%. Para análise estatística da relação entre essas distâncias e o irrompimento dos 3MI, foram utilizados os testes “t” e Qui-Quadrado”. Não houve correlação estatisticamente significante entre elas e o irrompimento dos 3MI. Concluiu-se que o tamanho da mandíbula não influencia o irrompimento ou não dos 3MI
 
Autor Natsumeda, Gabriela Manami
Orientador Carreira, Daniela Gamba Garib
Título Dentoskeletal and tegumental changes in individuals with normal occlusion after a 40-year follow-up
Área Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo Introduction: Craniofacial growth and development is a continuous process that determines maturational changes throughout life. Objectives: The aim of this study was to evaluate cephalometric changes in individuals with normal occlusion from 17 years of age to the seventh decade of life. Methods: The sample comprised lateral cephalograms of 21 subjects with normal occlusion (11 males, 10 females), taken at 17 (T1) and 61 years of age (T2), which were digitized and measured using Dolphin Imaging 11.0 software. Anteroposterior and vertical maxillomandibular relationship, dentoalveolar and tegumental changes were analyzed. The interphase comparison was performed using paired t tests. Sexual dimorphism was evaluated using t tests. Results: A significant anterior displacement of the maxilla and mandible was observed between T1 and T2 time points. An increase of the ramus height, a counterclockwise rotation of the occlusal, palatal and mandibular planes, and a decrease of the upper facial height were observed during maturational process. Maxillary first molars tipped mesially and extruded. Soft tissue changes with aging were a decrease of the nasolabial angle, upper and lower lip retrusion and an increase of the soft-tissue chin thickness. A decrease of the maxillary incisor exposure and upper lip thickness was also observed. Sexual dimorphisms in the mandibular anteroposterior displacement and rotation were found. In males, a protrusion and a counterclockwise rotation of the mandible was found with a decrease in the overjet. In females, a mandibular clockwise rotation and a backward displacement of the chin were noted. A greater retrusion of the upper and lower lips and a greater increase of the soft chin thickness were observed in males. Conclusion: Aging changes were more intense in the soft tissue compared to the skeletal and dentoalveolar structures. An expressive sexual dimorphism for craniofacial changes was observed during the maturational process.
 
Autor Sanches, Bárbara Casarin Henrique
Orientador Lauris, José Roberto Pereira
Título Estilo de vida, polifarmácia e interações medicamentosas em pacientes adultos/idosos com alteração de linguagem pós acidente vascular cerebral
Área Processos e Distúrbios da Comunicação
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O Acidente Vascular Cerebral é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil. Com o envelhecimento populacional e hábitos de vidas pouco saudáveis, doenças crônicas nãos transmissíveis são cada dia mais comuns. Seguindo este raciocínio, as comorbidades levam os indivíduos a utilizarem maior quantidade de medicações, podendo surgir interações medicamentosas desde leves a graves ou até fatais. Objetivou-se caracterizar a relação entre estilo de vida, prevalência de doenças crônicas nãos transmissíveis, polifarmácia e interações medicamentosas em pacientes adultos/idosos pós Acidente Vascular Cerebral. A amostra foi composta por 31 sujeitos com alterações de linguagem em decorrência do Acidente Vascular Cerebral. Os dados foram coletados por meio de instrumentos sendo: Questionário auto- referido sobre condições de saúde e estilo de vida para desenvolvimento de acidentes vasculares cerebrais (QSAVI-AVC); Identificação de Doenças Crônicas Autorreferidas; e um último questionário referente ao uso de medicamentos, responsabilidade da prescrição, frequência do uso, forma de apresentação, forma de administração, e obtenção do fármaco. A partir dos dados deste último, foi realizada por meio da plataforma digital drugs.com, análise dos níveis de interações medicamentosas. Os dados qualitativos foram descritos por meio de frequência absoluta (n) e relativa (%), e os quantitativos por meio de média e desvio padrão. As correlações entre as variáveis foram avaliadas pelo coeficiente de correlação de Pearson e Spearman. A prevalência na amostra foi de sujeitos do gênero masculino (51,6%), com renda familiar média de 4,4 salários mínimos, com prevalência da população maior de 60 anos (51,6%) e média de idade de 59,7 anos. Quanto ao estilo de vida e risco de Acidente Vascular Cerebral, a média do escore total foi de 87,4. Dentre as doenças crônicas autorreferidas, a média foi de 5,4 doenças por sujeito, sendo dislipidemia (77,4%) a mais prevalente, seguida pela hipertensão arterial (72,4%), sobrepeso/obesidade (64,5%), depressão (48,4%) ansiedade (41,9%), diabetes mellitus e doenças cardiovasculares (35,5%). No total, 68 medicações distintas foram citadas, com média de consumo de medicações distintas ao dia de 6,6 medicamentos, com prevalência de polifarmácia em 74,2% nos participantes. Por meio das 68 interações citadas, foram obtidas 307 interações medicamentosas, sendo que 19% eram de interações leves, 72% interação moderada e 9% interações altas. Quanto ao maior nível de interações medicamentosas por sujeito, 10% não apresentavam interações, 3% interações leves, 39% moderadas e 48% altas. Diante dos resultados, conclui-se que não houve relação estatisticamente significante entre valor do QSAVI-AVC e doenças crônicas não transmissíveis e número de medicamentos utilizados, em contrapartida, observou-se valor de significância entre índice de massa corporal e valor QSAVI-AVC, índice de massa corporal e número de medicamentos, número de medicamentos e grau de interação medicamentosa, e doenças crônicas não transmissíveis e número de medicamentos.
 
Autor Rosa, Bárbara Camilo
Orientador Alvarenga, Kátia de Freitas
Título Componente de interação binaural nos potenciais evocados auditivos em indivíduos pós AVC isquêmico
Área Processos e Distúrbios da Comunicação
Documento Dissertação de Mestrado
Ano 2019
Resumo O objetivo do estudo foi caracterizar o componente de interação binaural nos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em indivíduos com lesão isquêmica após acidente vascular cerebral. Trata-se de um estudo clínico descritivo do tipo transversal. Participaram do estudo 18 indivíduos adultos e idosos distribuídos em dois grupos: 1) nove indivíduos com diagnóstico de acidente vascular cerebral isquêmico confirmado por meio de exame de imagem, com tempo de lesão entre três e 24 meses; 2) nove indivíduos sem histórico de doenças neurológicas e otológicas permanentes, traumas ou problemas psiquiátricos, equiparados quanto a idade e sexo para compor o grupo controle. Para tanto, foi realizada inicialmente avaliação audiológica convencional composta por meatoscopia, por audiometria tonal liminar, por logoaudiometria e por medidas da imitância acústica. Posteriormente, foi realizada a pesquisa do componente de interação binaural por meio dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência obtidos com os estímulos clique e fala nas condições mono e binaural. A reprodutibilidade dos registros obtidos foi analisada por meio do coeficiente de correlação de concordância de Lin. A estatística foi composta por análise descritiva realizada por meio da média dos registros, na qual foi realizado o cálculo aritmético da resposta binaural menos a soma das respostas monoaurais direita e esquerda para obtenção do componente de interação binaural em cada potencial. O cálculo da interação máxima foi realizado por meio do valor da amplitude obtida do componente de interação binaural dividido pela amplitude da soma das respostas monoaurais, sendo em seguida multiplicado por 100. A estatística inferencial foi realizada por meio do teste t para o potencial evocado auditivo de curta latência e por meio da análise de variância (ANOVA) de dois fatores para os potenciais de média e longa latência, sendo considerado o nível de significância de 5%. Os resultados obtidos verificaram a presença do componente de interação binaural em todos os potenciais evocados auditivos tanto no grupo estudo quanto no grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos controle e estudo para a interação máxima nos componentes dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência. Contudo, quando amplitude e morfologia foram comparadas ao grupo controle, foi possível observar uma redução na amplitude e uma morfologia prejudicada do componente de interação binaural, principalmente nos potenciais evocados auditivos de média e longa latência no grupo estudo. Conclui-se que o presente estudo demonstrou que o componente de interação binaural pode ser observado ao longo da via auditiva por meio dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em indivíduos com lesão cerebral após acidente vascular cerebral.
Autor Silva, Nayara Ribeiro da
Orientador Santos, Carlos Ferreira dos
Título  Tradução e adaptação transcultural para a língua inglesa do Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR
Área Processos e Distúrbios da Comunicação
Documento  Dissertação de Mestrado
Ano  2019
Resumo  O Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR foi desenvolvido em língua portuguesa do Brasil para que fonoaudiólogos pudessem avaliar e diagnosticar os distúrbios miofuncionais orofaciais na população falante do mesmo idioma. Tendo em vista a ampla utilização do Protocolo MBGR na prática clínica e em trabalhos científicos, a imprescindibilidade da atuação de tradutores profissionais durante a realização de toda tarefa tradutória, a existência de estudos na literatura que recomendam diretrizes específicas para o processo de tradução e adaptação transcultural de instrumentos de avaliação clínica e a prevalência da língua inglesa norte-americana na divulgação e na disseminação do conhecimento técnico-científico, o estudo teve como objetivo traduzir e adaptar transculturalmente o Protocolo MBGR atualizado da língua portuguesa do Brasil para a língua inglesa norte-americana, de acordo com as diretrizes para tradução e adaptação transcultural de instrumentos propostas por Beaton et al. (2000), visando à divulgação e à disseminação, em escala global, do instrumento e do conhecimento técnico-científico em Fonoaudiologia, especificamente em Motricidade Orofacial, produzido no Brasil. As diretrizes de Beaton et al. (2000) preconizam seis etapas: (1) tradução, (2) síntese das traduções, (3) retrotradução, (4) banca de especialistas, (5) pré-teste e (6) submissão da documentação ao comitê. Na primeira etapa, duas traduções para a língua inglesa foram elaboradas por dois tradutores nativos de língua inglesa. Na segunda etapa, estas duas traduções foram compiladas e uma versão síntese foi estabelecida. Na terceira etapa, a versão síntese foi retrotraduzida para a língua portuguesa do Brasil por dois tradutores nativos de língua portuguesa. Na quarta etapa, tradutores, retrotradutores e fonoaudiólogos, estabeleceram a versão pré-final do instrumento em língua inglesa a ser testada em campo; cada participante da banca atribuiu uma pontuação de 1 a 4 (1 = item não equivalente, 2 = item necessita de grandes alterações, 3 = item necessita de pequenas alterações e 4 = item equivalente) para cada item da versão prévia do Protocolo MBGR em língua inglesa de acordo com o Índice de Validade de Conteúdo, com a finalidade de medir a porcentagem de especialistas em concordância sobre os itens do instrumento. Na quinta etapa, realizada em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, aconteceram os testes para que a versão final do instrumento em língua inglesa norte-americana fosse estabelecida; na primeira fase do pré-teste, a versão pré-final do Protocolo MBGR em língua inglesa foi analisada e avaliada por 15 fonoaudiólogos norte-americanos, com o objetivo de verificar a qualidade e a clareza da tradução e adaptação transcultural do instrumento; na segunda fase do pré-teste, a versão pré-final Protocolo MBGR em língua inglesa reajustada a partir das análises e avaliações da primeira fase foi reanalisada e reavaliada por outros cinco fonoaudiólogos norte-americanos, com o objetivo de verificar a qualidade e a clareza da tradução e adaptação transcultural do instrumento; em ambas as fases, os fonoaudiólogos norte-americanos foram instruídos à (1) grifarem itens do Protocolo MBGR em língua inglesa que, para eles, não faziam nenhum sentido, (2) grifarem itens do Protocolo MBGR em língua inglesa que, para eles, faziam algum sentido, mas soavam estranho ou eram incomuns considerando o contexto de uma avaliação clínica e (3) comentarem o porquê grifaram cada item. Na sexta etapa, os relatórios pertinentes de todas as etapas do processo de tradução e adaptação transcultural do instrumento foram apresentados a um comitê. O título do instrumento traduzido para a língua inglesa norteamericana é MBGR Protocol. Para o diagnóstico dos distúrbios miofuncionais orofaciais em populações falantes de língua inglesa norte-americana, recomenda-se que o MBGR Protocol tenha suas propriedades psicométricas validadas.